O SENHOR DAS CRÔNICAS (ATUALIZADO)

O SENHOR DAS CRÔNICAS (ATUALIZADO)
"Seu conceito sobre literatura"

sábado, 12 de dezembro de 2009

NOSSOS NOVOS PARCEIROS

DÁ UMA CONFERIDA NOS NOVOS PARCEIROS DO SENHOR DAS CRÔNICAS....



http://sapotiforall.blogspot.com
http://dominiodoscontos.blogspot.com


Lá vocÊ encontra várias coisas interessantes!!!



Agradecimentos,Lobo e Ray

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A SAUDADE QUE EU SINTO

A saudade é um abismo
Longe de todo o amor
Caem pessoas,o otimismo
Traz angustia,medo e dor


É o medo que sentimos
Quando há muito tempo longe
E não perdoa a saudade
A qual todo coração invade


Não adianta dizer que não
Pois cada um de nós sente
Saudades de quem se foi
Saudades de muita gente


E quando a saudade estiver por perto
E eu não estiver com você
Não fique neste deserto
Que eu vou te socorrer


Saudade de quem amamos
Saudade de quem queremos
A saudade é o que difere
O ficar do ficamos


E saudade é tudo isso
É o sofrimento posto em pauta
Quando a saudade voltar
Sentirei a tua falta

sábado, 28 de novembro de 2009

O FRIO DA NOITE

Em minha terra
Claro,o escuro gela a mente
Fazes de tudo uma guerra
Fazes o meu poente


No frio da noite
Sinto que seu espírito não habita o meu sofá
Daiana,não temas a noite
Serás inércia mesmo sem poder chegar


E o poder que a ti ofereci
De ir e vir e o hábito arrastar
Não te esqueças o que prometi
Tirar-te-ei de sua abstinência,e a levarei ao altar


Dos Deuses
Dos Deuses herdei este costume
Que voltes aos Deuses
Ou jamais me toques com o teu perfume


Pensas que não sinto?
Sinto em dobro a tua falta
Se não me falha a memória,minto
Não sinto o toque de tu mão,à cruz alta.

NADA MAIS FAZ SENTIDO

Nada mais faz sentido
Nada mais interessa
Nunca fui incumbido
De fazer sala à pressa



Nem a perfeição poliu
O que de mais forte vejo
Que com a pressa esvaiu
E cumpriu seu último desejo



Como uma haste de ferro
Nenhum sentido faz a vida
O dinheiro,caro,berro
Ao sentido que não faz a velha esquecida



Esqueço até a cerimônia
Quando cai em minha alma a reza
Consumir com parcimônia
É tudo que a vida preza



Sem vergonha
Sem sentido
A morte morre medonho
E o silêncio é esquecido


Nada mais voa tão longe
Como em minha infância
Tudo agora é uma falange
De toda a ganância




Não penso como pensava
Não creio que viva muito
Mas o segundo em que atirava
Não errara a flecha,sem nenhum intuito


Ages enquanto podes
Um dia irás saber do que falo
Abrace teu filho e seus anjos pobres
Para que depois não desça no ralo
Tua esperança!

LUA

Lua como posso ser sucinto
Se quando eu vou falar
E até mesmo a caminhar
Tua presença eu sinto?

Como me ver livre deste caso?
Se o que eu quero,em verdade
É mascarar a saudade
A qual faço descaso


Pense e não peça como amigo
Se as noites sem você são feias
Abraço meus sangue com as veias
E não te ter é o meu maior castigo


Não entendo o que fiz
Se meu erro é você
Eu prefiro te querer
E errar sendo feliz

Sei que isto é improviso
Pois não vejo por onde começar
Se Deus queria nos juntar
Por que desfez o paraíso?

São essas idéias que discuto
Não desistirei jamais
E mesmo que não me queira mais
Por você ainda luto

Meu ideal é o mais seguro
E tu me deste a felicidade
Da Lua tenho saudade
Que ilumina meu escuro!

CLARA

Onde escondeste a receita de tal forma?
Na aurora boreal está impressa suas cores
Clara,seu segredo é secreto como as flores
E ao seu redor em gelo o mar não se transforma


Creio que a vida seja mais do que olhar
E de amar,e de sofrer,e de sorrir
E,neste caso,a devo argüir
Com quantas rosas posso conquistar?


E dentre as rosas era a mais cotada
E dentre as flores sempre era a mais bela
O mato verde e de cor amarela
O caminhar de uma breve enxurrada
[Em minha janela...]


O mato jamais perdoa o que faz com seu manto
E um lírio expresso em seus lábios
No entanto,imóvel,chora rodeado
De males plantas seus olhos de canto
[Em eterno pranto e agoniados...]

DE ONDE COMEÇAR?

De onde começar?
Se seus olhos já posso ver
Como não te falar
Que o meu querer não é poder?



Receptar as glórias?
Derramar fora as tristezas?
Vou separar as histórias
E ficar com as incertezas



De onde começar?
Devagar ou mesmo vacilante?
Pára onde vou parar
Ou melhor,pare adiante.



Que eu posso Entrelaçar?
Os laços ou as fivelas?
Ou mesmo farei passar
Teu dedo por uma vela



Por onde a vela passar?
Se de cera é feita a dita
Será que vou poder criar
Uma bendita e maldita?



Que eu devo renegar?
Um amigo ou um passarinho?
Ou ver-te aconchegar
Meu amor em teu espinho



Por onde devo passar?
Pelas trevas ou pela luz?
Se por linhas tortas chegar
Qual caminho é o da cruz?



Devo ou não devo passar?
Devo ou não devo cair?
Se fácil farei voar
E fácil, irei partir?



Quão verdade é o mar?
Quão veemente é a cor?
Dentre as rosas escalpelar
Com as mãos sujas de dor



De onde começar?
De onde tudo acabou?
De onde irá terminar?
Da ira ou do amor?

A VIDA EM UM BEIJO

Da-me um beijo
Que minha vida já o pertence
E sem o desejo
Era o que eu adorava,juro,que pense

Só um beijo
E nem mais uma palavra
Mesmo que precise calar-te,eu vejo
Que com tua boca sonhava

Um beijo
Além de mudar o tempo,modificar emoções
Um beijo de azulejo
Frio e sem quaisquer emoções

Exatamente um beijo
Nada mais que isso
Um beijo e eu a beijo
Para não ficar omisso
[ao desejo!]

A LUA DO ECLIPSE

A lua de quatro fases
É a lua de eclipse
Que contra suas vontades
Tem a forma de elipse


E quando a noite chega
Com ela traz a essência
E traceja
Uma luz que dispara à inocência


Lua...
O eclipse torna-se tão obscuro
Quando o olho da rua
Sinto como se separado por um muro


Lua...
Em meu peito o coração rebate
E a cada eclipse que passa na rua
Cada minuto é um imenso debate


Sobre as fases da lua
Se ela mantém-se por inteira
Qual das fases tua
Seria a fase verdadeira?

A FÚRIA DA LUA

Quando tudo acabar
E olhar para o céu
Lembrarei de como o mar
Foi seu castigo cruel


A lua que seduziu
A lua não foi sincera
E mostra o que conseguiu
Ao lançar o mar à fera


Seu castigo será Fútil
Será um imenso escarmento
Derramará sangue inútil
Sem expelir qualquer lamento


Foi-se embora sua luz
E suas trevas a habitaram
E sobre a lua,o sol eu pus
E os crentes a esqueceram


Enfim,levantou-se
Em um mar de eterno brilho
O fogo a vida lhe trouxe
E a ele causou empecilho


Lua,quando de novo dormir
Sonhará com seu castigo
E lembrará de um amigo
Que todas as noites sonha contigo
Sonha em como a lua é perfeita
E que um castigo não é capaz de enfrentar
Sua fúria de deusa imperfeita
Capaz de acertar e errar


Sei que nada serviu
Para essa lição aprender
A lua de novo saiu
E por motivo nenhum voltou a esquecer


O quanto carreguei-a nos braços
E o peso da lua eu vi
Enquanto estava em pedaços
Em seus olhos,as lágrimas,li


Eu a amei como mais ninguém
E por isso ela brilha na rima
E por ela continuarei sonhando ao além
Enquanto me olha lá de cima...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

SEGUNDA FEIRA DE DOR

.Hoje eu vi o indescritível mas vou tentar descrever o que vi por meio de palavras curtas.Vi um homem fracassar mais do que vencer;Vi um homem andar mais do que correr;Vi um homem perder mais do que ganhar.
.Trata-se do homem.Não é o pobre homem,mas é um homem.Um homem em busca de carinho e o seu lugar com certeza não é esperando por aquela que lhe faz sofrer.O justo seria abandona-la.Seu pensamento não permite e ele terá de conviver com o espectro de sua amada.
.Ela aceitou a maldita mão do homem de cabelo grande.Aqueles cabelos seriam mais encantadores que palavras?Aquele homem...Quem seria aquele homem?Com certeza não seria o meu inimigo.Seria mesmo o concorrente.
.Não digo meu de meu mesmo não.Digo meu pois o homem é meu amigo e,como seu aconselhador,devo alerta-lo sobre vários recursos usados pelos concorrentes.
.Não importava o concorrente.Ela estava linda e continuaria linda perto de quem fosse.Estava com um vestido estampado e novamente deixou o pobre rapaz na mão.Ela era uma boa menina,independente do amor que sentia por ela(ele).
.Queria morrer.Foi para casa com um sentimento engasgado em sua garganta.Era o amor que sentia por ela(ele).Era um amor incomparável.Um amor supremo ao que sentira por Deborah.
.Ela aceitou a maldita carona e,por fim,os ciúmes vieram à tona.

O SÁBADO SANGRENTO

.Ela chegou atrasada para as aulas.Geralmente chega todos os dias mas hoje foi um dia especial.Foi sábado.Ela chegou,pelo menos quando eu vi,e sentou-se nas mesinhas perto da lanchonete.Pensativa,mas sentou.Todos os seus amigos a rodeavam.
.O garoto chegou-se depois e nada dela falar com ele.E como suou para obter um simples “OI,Mano”.Lutou.O importante é que ele nunca desistiu e nunca desistirá.Ela falava com suas colegas,falava com seus colegas e esquecia dele.Talvez,propositalmente para que notasse sua falta;Ou mesmo poderia ser distraída.
.Vi quando ele sentou na primeira carteira da aula de história.Ela estava no meio da sala,tecnicamente no meio,espreitando de uma posição privilegiada.Fitando com tamanha atenção que nem o olhar do rapaz fora percebido.Um olhar sorrateiro,indolor.
.Na hora de sair da escola,foram até a mesa da lanchonete e ela não estava lá.Eu vi a cara que o garoto fez.Ela havia saído.Por sorte,retornara mais tarde e foram embora juntos.Ele teria de abandona-la um sinal antes do shopping center,mas seu coração a continuou seguindo,e protegendo os seus passos.

SÁBADO SANGRENTO

.Ela chegou atrasada para as aulas.Geralmente chega todos os dias mas hoje foi um dia especial.Foi sábado.Ela chegou,pelo menos quando eu vi,e sentou-se nas mesinhas perto da lanchonete.Pensativa,mas sentou.Todos os seus amigos a rodeavam.
.O garoto chegou-se depois e nada dela falar com ele.E como suou para obter um simples “OI,Mano”.Lutou.O importante é que ele nunca desistiu e nunca desistirá.Ela falava com suas colegas,falava com seus colegas e esquecia dele.Talvez,propositalmente para que notasse sua falta;Ou mesmo poderia ser distraída.
.Vi quando ele sentou na primeira carteira da aula de história.Ela estava no meio da sala,tecnicamente no meio,espreitando de uma posição privilegiada.Fitando com tamanha atenção que nem o olhar do rapaz fora percebido.Um olhar sorrateiro,indolor.
.Na hora de sair da escola,foram até a mesa da lanchonete e ela não estava lá.Eu vi a cara que o garoto fez.Ela havia saído.Por sorte,retornara mais tarde e foram embora juntos.Ele teria de abandona-la um sinal antes do shopping center,mas seu coração a continuou seguindo,e protegendo os seus passos.

ÚLTIMA CHAMADA

.Demos apenas um tempo.Não desistiremos tão fácil.Já que a raiz sustenta o caule,nós sustentamos um ao outro.Sustentar?Sim,sustentar tudo o que vivemos.Nunca é tarde para recomeçar,assim como a árvore vive quinhentos anos ou até mesmo mil anos,viveremos para sempre eternizados neste caule.
.Além de tudo o que queria te dizer,que fique bem claro que amo cada parte do seu corpo como um quebra-cabeças.Se uma parte falta,nada está por inteiro.Como nada é perfeito,o quebra-cabeças de seu corpo está incompleto.Falta só uma peça:EU.
.Não negue o que sente por mim que sei o que você pensa sobre o meu jeito de ser e se escrevo,lamento faze-lo.Só o faço quando estou triste,ou mesmo quando estou em uma amargura sem fim.Esta é a situação em que meu coração se encontra e para cura-lo nem uma desculpa existe.Está condenado aos desastres da vida.Está condenado ao suicídio.
.Ao desfiladeiro minha vida chegou.Não quero ser um mártir e ser esquecido pelo seu coração.Te amo e nunca disse isto com tanta firmeza como o digo.Não sei o que me jogou nos teus braços brancos,só sei que foi uma força tão grande capaz de acertar um coração forte.Não são todos os dias capazes de resumir o que estou sentindo.Tudo o que vivi,trocaria pelos segundos que toquei tuas mãos.
.Esta será minha última chamada para o meu lado,minha garota.Quero que veja o que está escolhendo e que não se traga ao outro lado por falta de consciência na hora em que uma voz pesar teus ouvidos e chamar bem alto teu nome,pois o louco não é capaz de consumir todas as suas loucuras em um só dia.
.Tamanha mágoa afundou meu coração e uma leve lágrima escorreu de meus olhos quando disse estar feliz.Estar feliz sem a sua sombra.Que seja feliz para todos os dias.Te amo.

SEU NÃO DOUTOR FLÁVIO

.Logo que chegou ao condomínio foi aplaudido por todos.Mal saía de casa e por esse motivo não era notado mais no prédio.O único miserável que olhava para ele era Guedes,o porteiro.Cheio de “bom dia,seu Flávio!”.Que sujeitinho folgado.
.Pensava até em se mudar,tamanha a antipatia dos vizinhos.Bando de causadores de intrigas!Mal habitou a selva já foi atirado ao covil dos leões.Sentiu-se traído pelos próprios condôminos ao saber que o lixo fora depositado em frente ao seu lugar,na garagem.Resolveu então chamar a síndica.
.E que síndica.Dona Marcela,sempre prestativa e suave com todos que ali haviam.Até Guedes era tratado como gente,mesmo não merecendo ser tratado como tal na versão de Flávio.Dona Marcela chegou-se para o reclamante e suavemente,resolveu falar:
-Pois não,dr.Flávio?
.Está aí uma coisa que Flávio gostou de ouvir.Doutor Flávio.Escutava todos os dias no escritório um “Por gentileza,Doutor Flávio”.Ou quem sabe um “Desculpe-me,doutor”.E Guedes,aquele animal pensante,o chamava de “seu”.Dona Marcela havia ganhado pontos de destaque na vida do infeliz médico.Tais pontos foram cruciais para o esquecimento da reclamação.
.-Encomenda para o senhor,seu Flávio!
-Doutor Flávio.
.Guedes não sabia a diferença entre doutor e senhor.Na sua terra doutor era senhor e senhor era doutor.Seu Flávio,sendo sempre rigoroso,passou a chama-lo de lixo.Só lhe coube processar o doutor.
.Nos tribunais,eram iguais independente de salários e vícios.Seriam tratados como civis.Mesmo que não soubesse o que significava civil,Guedes achou ser uma coisa boa.O juiz chega e todos se levantam.Por azar,o juiz era um ex-amigo de Flávio:
-Senta aí,Flavão!
.E foi desmoralizado na frente do lixo.

A FÁBRICA DE LETRAS 2

.Que lástima para os irmãos Ema.Não conseguiram vender a fábrica.Cem anos passaram-se e O Acento está em liberdade.Está atacando todos os habitantes do planeta Gramática.Toda a polícia da gramática está atrás desse criminoso.
.-Ei,psiu.Hia.
-Meu amor!
-Xiiiii.Não posso ser visto.Estou sendo procurado por colocar de volta o acento em idéia.
-Oh,não.
-Você tem que me esconder.Oh,não,lá vem eles.
.Os guardas aproximaram-se de Hia To Raro para averiguar alguns problemas:
-Bom dia,senhor.
-Bom dia,seu guarda.
-Estamos procurando esse rapaz aqui;Alguma notícia sobre ele?
-Na-não.
-Algo que queira nos contar?
-Não,senhor.
-Se o vir,comunique ao agente Título.Ele consegue denominar qualquer coisa!
-Pode deixar.
.O Acento,vendo os agentes irem embora,logo escondeu-se em um dos filhos de Hia To Raro:Vóo.Todos viram como o menino ficou constrangido por levar O Acento no seu primeiro “o”.
.Prenderam O Acento em flagrante.
.Foi concedida uma entrevista com O Acento:
-Bom dia,como é seu nome?
-O Acento Agudo.
-Quantos anos?
-Não sei ao certo.Acho que mais de mil.Muito mais.
-Local de nascimento?
-Grécia.Acho.
-Você não sabe de nada,filho?
-Não.Eu estou preso injustamente.Eu só queria acentuar as coisas para ficarem mais fortes.
-Entendo.Vamos conversar com o sr.Alf A´beto,uma testemunha e delegado do caso O Acento.
.O delegado logo fez pose e começou a sorrir:
-Bom dia,sr.A´beto.
-Bom dia.
-O que,exatamente,o réu cometeu?
-Ele foi preso por adulteração indevida de uma palavra inventada e patenteada pelo papaizinho aqui.
-Hum.De quanto tempo é a pena?
-Perpétua.Não tem pena mínima neste caso.Ele vai cumprir a pena em um centro de tortura bem conhecido:A boca do presidente.
-Não é demais?Nunca ninguém voltou sem deformações da boca do presidente.
-Relaxe você.
.O Acento agora aprenderia uma lição.Ou não.O fato é que o delegado o condenou a permanecer por toda a vida no diário do presidente.Nunca mais O Acento foi visto.

A FÁBRICA DE LETRAS

.A fábrica de letras ficava no planeta da Gramática.Seu dono sempre foi a família Ema.Os irmãos Fon Ema e Morf Ema eram seus donos.E donos muito dedicados.Dedicados até demais.De vez em quando promoviam os funcionários.Eram eles:Ortho Grafia,Sin Taxe,Caco Fonia,Pleo Nasmo e,este era o principal pois seu nome era idêntico a um dos donos:Morf O´logia.
.Morf O´logia começou cuidando da máquina de fazer substantivos.Com uns anos de experiência,foi incumbido de cuidar da máquina de adjetivos também.Ortho Grafia era o que cuidava da máquina central:O fazedor de letras.Sin Taxe era o segurança da fábrica.Cuidava de todos os sujeitos.Só aceitava sujeitos compostos e sujeitos simples.Não gostava de humilhações.Caco Fonia era o coordenador da máquina de trocadilhos,sendo quase todos infelizes.
.Pleo Nasmo era mecânico e cuidava das máquinas quebradas.Fon Ema só falava e Morf Ema não saía do sofá da sua casa.
.Um certo dia,tudo desandou na fábrica.As máquinas quebraram simultaneamente.Descobriram um problema de analfabetismo no sistema.Um problema difícil de resolver.Ortho Grafia,o gerente do negócio,tratou de consertar uma por uma.
.Uma vez felizes,Fon Ema e Morf Ema resolveram agradecer o cuidado de Ortho,que mesmo com algumas mudanças de configuração anexadas,fora um elemento crucial para a fábrica.Recebeu o título de Nova.
.Uns anos depois do título,insatisfeitos com a idéia,um rapaz japonês chamado Hia To Raro,revoltou-se com o título e resolveu lutar pelo seu grande amor:O Acento.O Acento estava preso na penitenciária Aurélio 2005 e condenado a uns mil anos de prisão.
.Tentou comprar a fábrica várias vezes.Nenhuma foi bem sucedida e a fábrica produzia como nunca.Os lucros estavam sendo máximos.Até a chegada de três irmãs,também revoltadas com a idéia:Ox ítona,Parox ítona e Proparox ítona.As três irmãs reuniram-se com o senhor Hia To Raro,a fim de conseguirem um final para essa história.
.Preocupados com esses quatro problemas,Fon Ema e Morf Ema resolveram vender a fábrica de letras para um órgão público chamado Academia Brasileira de Letras.Revoltados,os quatro resolveram pedir ajuda ao engenheiro da fábrica: O senhor Alf A´beto.
.-Nada posso fazer contra esse conjunto.
-O senhor tem que nos ajudar,seu Alf
-Não posso.Arquitetei aquela fábrica e a vendi para os irmãos Ema.
-O que faremos?O Acento está preso.
-Temos de aceitar.Tudo culpa de Ortho.
.Um dia,quem sabe,o acento ganhe um Habeas corpus.

MULHER DE FERRO

.Veja como ela é doce.Acredite ou não ela é doce e encanta aos olhos que lhe perseguem.Doce,sim.Doce e límpida ao olhar de todos os seus seguidores.Lacaios esses que desferem golpes de impureza em seus sentimentos,matando os agentes causadores da doença e do medo.
.Aos demais foi entregue o ar que ela respira e aos imundos que a rodeiam,foi entregue seu ódio e sua ira,gerando uma grande inveja aos olhos dos que a traem.Toma então,por ti,todas as culpas referentes ao agrotóxico que é liberado no ato de tua respiração.
.Regra ela e rege um silêncio pecaminoso ao seu lado de vida.Pensa ela como deveriam ser as flores num mundo tão rebelde e nazista.Como devem ser os seres em um mundo de intrigas e amores corrompidos?Deve ser fiel aos seus hábitos.
.Agora veja como ela olha para e você e lança seu infernal perfume de escória e pressão.Saia daqui - Diz sua vista-Nada tenho a lhe dizer senão vá embora.E reverencia todos aos deuses de seu vestido.Quão forte será essa mulher,mulher de ferro.

A DESORDENADA ÉPOCA

.Aqui estou de novo para falar de amor e das coisas lindas que ele traz.O homem mais apaixonado deste mundo falando sobre o bem que o amor faz.Bem,vejo que muitas pessoas dizem entender bem o amor mas nunca se julgam capazes de vive-lo.
.Julgam-se capazes de aprende-lo e de firma-lo como um sentimento profundo.Não entendo essa afirmação de sentimento profundo.Vamos ver.Se é um sentimento profundo,como ninguém jamais falou sua correta profundidade?Porque não existe amor profundo e nem amor raso.O amor pode ser maleável e reversível,vendo as pessoas que o usam.
.O amor é jovem e por isso ainda comete falhas.Tudo é controlado pelo tal,seguindo as regras de uma fábrica.Acontece quando sentimos leves pontadas no coração ou o mesmo acelera.Quando as leves pontadas vêm,é porque estou triste e desiludido.Quando as repetições de batimentos vêm,é porque estou seguro de como levar a situação.
.Do que vale amar uma pessoa?Do que vale amar alguém tão especial que você não conseguiria tentar sequer amar?Vale a vida.Pois,senti essa mesma coisa.As pontadas no coração me atacam agora que sei o quanto estou desiludido com o amor.Agora que sei que tudo o que eu acreditava era uma grande incerteza,choro.
.É um choro ao qual não posso atribuir motivos.Apenas choro.E penso muito em sua figura,em seus gestos.Se justo é o amor,por que tanta injustiça comete o coração?A resposta,só o teu te fornece.

OITO MIL CRUZEIROS

Eu sempre fui abandonado. Nunca tive família e ao sentir fome,tive de recorrer às casas de apoio.Como se não bastasse tal humilhação,sofria com as crianças ricas me batendo.Até que em um belo dia,um casal adotou-me.
Ele era banqueiro e ela, juíza. De fome eu não morreria. Compraram-me roupas, sapatos. Tudo o que um bom filho precisava. De nada adiantou. Passavam o dia fora de casa e quando chegava, eu já estava dormindo.
Quando fiz treze anos de idade, cometi minha primeira idiotice: Fugi deixando um rombo de oito mil cruzeiros. Eu era jovem, pensava que a vida seria simples. Os oito mil cruzeiros mudaram-me a vida. Comprei uma passagem para New York city, precisamente para a Wall Street.
Vivia de esmolas na bolsa de valores. Um empresário inglês, percebendo minha freqüência naquele local, lançou-me um olhar e disse: ”You drive me crazy!”. Só vinte e três anos depois descobriram que ele era homossexual e que a frase significava: ”Você me deixa doido!”.
As semanas em New York passavam-se rápido. Por volta da quinta semana na bolsa, uma mulher de uns vinte e cinco ou vinte e seis anos, convidou-me para morar junto a ela. Aceitei no ato e passamos a dividir um belo “flat” em Miami. Eu não duraria muito em Miami não fosse um erro no sistema do banco, até hoje não descoberto. Todas as vezes que eu sacava oito mil cruzeiros, o banco depositava mais oito mil cruzeiros na minha conta bancária.
Comecei a sacar, desesperadamente, oito mil dólares semanais. Com treze anos, comprei mansões e carros. Fui considerado o homem mais rico de Miami em 1997. A garota com quem eu estava morando, casou-se comigo e fomos para a Espanha. Seu nome era Hana.
Passei os três mais belos anos de minha vida em Madrid. Agora os oito mil dólares pareciam uma droga. Eu sacava todos os dias. Tinha dezesseis anose ganhava uns quinze mil dólares mensais. Hana mudou-se para Londres após uma discussão. Não sabia eu que ela já carregava um filho meu em seu ventre.
Mudei de endereço milhares de vezes. Agora chegavam cartas do banqueiro e da juíza perguntando como eu estava. Nunca foram respondidas. Um dia, andando em uma moto, caí e perdi o movimento das pernas para sempre. Logo eu, que gozava dos meus vinte e dois anos.
Saiu em todos os jornais de Madrid a notícia do meu acidente. Vendi tudo o que eu tinha e voltei para o Brasil. Lá, encontrei o banqueiro. Estava triste.Havia separado-se da juíza.Perguntei o motivo da separação e ele disse:
-Foram oito mil dólares que eu mandava mensalmente para o meu filho!
Depois disso,eu o abracei.

PESSOAS NÃO SÃO PESSOAS

Sempre eu achava que esse negócio de mensageiro da morte não existia até conhecer uma pessoa crucial para confirmar tal afirmação.Pior do que um demônio.Há pessoas nesse mundo que se assemelham aos comensais da morte e são elas os verdadeiros carrascos da vida.
.Pessoas que matam e pessoas que morrem;Pessoas que só querem viver suas vidinhas medíocres a troco de quaisquer dinheiro que lhes venha a cair na conta corrente.Buracos do capitalismo capaz de afundar seus próximos em um poço de lava da maldade.A pior lava é a lava da maldade.
.A lava da maldade queima nossa alma e priva nosso corpo.É a maior desgraça que pode acontecer aos meus e aos seus.As pessoas não sabem subir com seus próprios pés e, o que mais me dói,é que mesmo sendo uma boa pessoa,ainda sou uma pessoa.
.Lavam dinheiro e cometem crimes em prol de seus próprios interesses.Lixos de interesses.Nessa vida vulgar,só se preza sentimentos e não agarra-se a primeira oportunidade a fim de derrubar seu irmão.
.Me enoja não fazer nada para desconcertar esse esquema de vida.Me enoja saber que as pessoas que virão serão cópias exatas das imundícies de nossa terra.Me enoja saber que esse tipo de gente existe e o mais impressionante é que sou eu.
.Eu ou você,cometemos pecados brutos e livre de qualquer desculpa.Meu erro foi ter nascido.Não mereço toda a culpa de o mundo ser um lugar destruído.Atribuo essas maldições aos grandes filósofos e principalmente aos pensadores.
.Se a maçã não fosse comida,Não seríamos tão levianos ao ponto de prestar favor ao dolo e privar todos à vida.Se não somos vegetais,vegetamos;Se não somos limpos,nos limparemos;Se não somos plástico,somos carne.Só isso não basta.
.Cruel é o capital que gira em torno de nossas cabeças.Maldito é o homem que primeiro levantou a mão ao seu pai e assim o matou pelo desrespeito prestado ao vosso poder.Que seja atirado às traças esse escarmento de Deus.
.Não venho com discurso religioso,mas espero resgatar o antigo mundo onde todos conviviam independente de seus gostos ou de seus vícios.Um mundo onde não se matavam por bobagem e não cometiam crimes.Saudades do mundo em que pessoas ainda eram gente.

O SALVAMENTO

.Foi o fim de mais um carnaval.A praia estava seca e nenhum sinal de gente ao mar.Subi em meu posto para ver o tempo passar daquela vista paradisíaca.Aos poucos,os turistas vinham beijar a praia pela última vez ou até o feriado mais próximo,assim dizem os paulistas.
.Nenhuma ocorrência para se preocupar;Nenhum maluco nadando naquela hora e o jeito seria relaxar.De tanto trabalho,o jeito de relaxar fora perdido.Eu sabia mesmo era como salvar pessoas de seus próprios medos.Sabia como privar seus desejos.Sabia como conquistar os outros com armas que todos escondem em algum lugar do inconsciente.
.A praia novamente deserta.A noite caiu e um friozinho peculiar pairou diante do mar.A névoa cercou a cabina de salvamento e por alguns segundos minha visão fora ofuscada por uma lanterna.Era um turista perdido.Perguntei-lhe o que faria ali uma pessoa às nove da noite.Ele me respondeu que precisaria encontrar um ideal.
.Vendo o desespero do rapaz,convidei-o para passear.Desci da cabina e fomos andando a beira mar.Santos seria a nossa parada.

Sem Título

.Eu ando procurando onde eu deixei a tua sombra.Eu vivo procurando onde deixei cair o seu sorriso.Hoje eu procuro por você e não encontro ninguém que me diga onde você está.Não consigo respirar sem saber se você está bem ou se você já foi lá fora hoje.
.Você atirou uma flecha no meu coração.Errou a flecha e ela perfurou a razão;Você deu uma facada no meu peito.Errou a faca e perfurou o meu coração.Não tenho culpa de nada o que está acontecendo.Lamento,não fui eu quem escolhi.Foi a mistura que chamamos de emoção.
.O sangue quente que em meu corpo corria,agora faz questão de andar e esfriou.Tamanha tristeza tomou conta de meu coração e começo a chamar por ti.Quando estou feliz,escrevo coisas alegres;Quando estou triste,descrevo minha tristeza nestas miseráveis folhas de papel.
.Quando o meu chão faltou naquele dia,fui tomado por um grande arrependimento.Eu não sei o que fazer,realmente.Acho que vou tomar um pouco de ar.Acho que vou tomar um bom café.Prefiro evitar,ao menos por enquanto,escrever sobre você.Te amo.

A OXIDAÇÃO DA IDENTIDADE

.As verdadeiras jaulas foram feitas para aprisionar o homem.Foram desenvolvidas para aprisiona-lo em sua própria caixa.Em seu crânio.O homem resolve todas as fórmulas deste mundo.Nem todas,pois não consegue abrir seu próprio cadeado.
.Tranca seus conhecimentos dentro de livros.é preciso apenas uma gota de água para rasurar sua vida.Vida não,trajetória incompleta.Trajeto esse que é feito por meios impensados e pensado(tudo!) por uma cabeça pensante.Como?Com atitudes e códigos,mutáveis ou imutáveis,que permitem a sua comunicação.Não permitem a abertura de seu cadeado.
.Uma vez humano,sempre contaminado.Uma vez preso,nunca livre.é assim que gira essa roda de vícios e pecados.Uma vez homem,jamais homem.Somos quem somos mas sem identidade.Somos números codificados em letras.
.Vários anos e nada de abrir.O cadeado até foi esquecido.E este esquecimento fez com que o cadeado oxidasse.E ele nunca mais abriu.Uma vez enferrujado,jamais cadeado.

FONOAUDIOLOGIA PARA MUDOS

Sexta-feira. Eu no meu pequeno escritório na clínica Ourocruz.Na tela do meu computador,alguns vídeos de animações alegravam um pouco minha vida sendo somados às gracinhas de André,meu enfermeiro chefe.Só hoje,atendi mais de vinte pessoas.Essas horas da noite,exatamente onze e quarenta,não costumo atender(Não costumava!).Um dia desses apareceu um casal de mudos(Sim,mudos!)fazia ali.Eu que sempre fui devoto de Santo Amaro e até carrego uma cruz comigo aqui “ó”.Bem,como um fonoaudiólogo recém formado,disse que atendia o par de mudos.
Na esperança de espantá-los daquele recinto, fui passando várias pessoas na frente e sempre, ao fim do horário, pedia que voltassem no outro dia. Comecei a notar que eles sempre pegavam uma “carona” com André. Decidi atendê-los dois dias depois, na minha casa.
Chegaram bem na hora do almoço. Que surpresa!Quando consultava os pacientes em minha casa, sempre chegavam a cima de uma refeição, visando somente o pecado da gula. Pensam que só porque sou médico sou rico. Pois estão errados!
Almoçamos. Ficamos mudos por algum tempo, até que forcei os velhinhos a abrirem o jogo. Um velho jogo de xadrez, que havia emperrado no meu aniversário de quatorze anos. Já jogando, para manter a comunicação, pedi ao casal que se comunicasse via bilhete. A cada jogada de xadrez, bilhetinhos eram escritos como: ”Pega essa!”, ”Seu otário”, ”Olha minha jogada” e todos precedidos de um palavrão, aleatoriamente escolhido pelos velhos.
Aquela tarde não me rendeu nada. Mas, ao menos, Aprendi com os velhos a jogar um bom xadrez, além da promessa escrita que a velha escreveu jurando ensinar-me a jogar poker.Foram embora á noite,levando alguns pastéis que minha esposa Silvinha havia preparado para os meninos.Assim que saíram,Silvia veio com várias perguntas e disse que queria o divórcio.
Dois meses depois, eu estava divorciado devido a dois pasteizinhos. E o mais interessante foi que quem fez o divórcio foi o velho. O infeliz era advogado!
Separado e infeliz, os velhinhos começaram a cuidar de mim. Caí na bebida. Quando eu chegava dos bares lá estavam os dois, contando piadas via bilhete. Enquanto um escrevia a piada, o outro escrevia o “risos! Risos!”. Que saco!Nem o pior momento de minha vida me respeitou. Até que em um dia, engasgada com um caroço de manga, a velha morreu. Foi triste. O velho gritava sons incompreensíveis. Muita emoção no enterro e a partir daí, o velho só escrevia no papel: ”snif!snif”.
Passou-se dois anos, o velho parou de escrever. Entregou-se ao mundo. Saía bêbado, chegava bêbado (Com mulheres!). Era o velho mais feliz do mundo. Não parava de sorrir.Só alguns meses depois descobri que tinha feito uma cirurgia plástica.De tanto sorrir,saiu em uma emissora de televisão.O nome do programa era “Faça o velho chorar”.Ninguém nunca o fez chorar,nem com a história de amor,que a senhora Nadja sabia.Ganhou o prêmio máximo de dois milhões de reais.Antes de morrer ele deixou um último bilhete onde estava escrito:Obrigado!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

NOVO CONTEÚDO,AGUARDEM...

Clã Brasil

Oh embala a minha dança
Com o xaxado e o xote,além de um delicioso forró
Que outrora em minha garganta fez-se um nó
E toda essa peça ao prazer lança

E nunca viu-se tão talentosas
Não esquecendo dos rapazes que a cercam
Meninas enfeitadas com rosas
Meninos que as alvejam

Certo que de onde longe vim e de onde vindes
Lembro-me que fiquei sem ação
Com tão bonito gosto do Sertão
Que de cabeças formam brindes

Jamais irei esquecer-me de tal inteligência
E de moças tão doces,alguma viril
Com a educação pede a ciência
E da minha amada Paraíba vem o Clã Brasil

Clã Brasil

Oh embala a minha dança
Com o xaxado e o xote,além de um delicioso forró
Que outrora em minha garganta fez-se um nó
E toda essa peça ao prazer lança

E nunca viu-se tão talentosas
Não esquecendo dos rapazes que a cercam
Meninas enfeitadas com rosas
Meninos que as alvejam

Certo que de onde longe vim e de onde vindes
Lembro-me que fiquei sem ação
Com tão bonito gosto do Sertão
Que de cabeças formam brindes

Jamais irei esquecer-me de tal inteligência
E de moças tão doces,alguma viril
Com a educação pede a ciência
E da minha amada Paraíba vem o Clã Brasil

A zabumbeira violinista

Olhava para ti todo o tempo da quermesse
E em meu peito,um coração batia forte
Com o seu forró do Nordeste ao Norte
Em minha vida agora uma esperança cresce

Oh zabumbeira arretada essa mulher
Encanta a todos,desde i velho ao menino
Toda pomposa ainda toca violino
E fa todo esse povo mostrar que tem fogo no pé

E o teu nome até agora eu não sei
Em minha memória seu lindo sorriso ficou
Ainda me lembro que meu xote desandou
Quando olhei para ela e a admirei

E cá eu agora já faço planejamento
Incerto de que vou te ter
Acho que tu agora és meu bem querer
Zabumbeira arretada que não sai do pensamento

sábado, 20 de junho de 2009

O jogo de poker

Dados sejam os dados e que passem pelo crivo
E de feridos,ferem os ferimentos
Dos dados extraiu-se a dor e os lamentos
E baixa-se a cabeça,lendo o negativo

Vários parricidas à mesa
Motivos diferentes para um só crime
Vivo não perde o teu saber sublime
Morta,outra vez,entrega-se tua destreza

Ao rolar de dados tua vida é absolvida
E a pena que de família tua eu sentia
Ganhar é um obstáculo tua vida,eu ria
E todo o meu sorriso a deixava ser absorvida

Sai que não mais em tua porta bate a boa sorte
E todo o leite arma o azedo de tua imberbe face
Ao rolar de dados eleges um derradeiro cálice
E reflete o olhar de nervos aleijando a tua morte

O mestre

A noite vem fria
Com ela o mistério
A fria agonia

Agrava a polia
Em todo o império
Findou-se a alegria


Ao fim do semestre
Não andam sozinhos
Não são de bom dia!

Mas chega o mestre
Rodeado de espinhos
E tudo se cria


E ama o poema
Dobra o menino
Não deixa mentir

Não vê o sistema
Não mais toca o sino
Só nos ver dormir

Samira

Sob as ondas geladas de calmo mar a meço
E em teus metros ruge o fogo de meus dedos
Tua pele em minha pele,peca à pele,eu peço
Não só de pele a digo mas a lembro de meus medos

Erro ao tentar errar em sua bigamia
Que em dias até hoje marcha à inflamação da doutrina
Rimas enfurnadas que a dizem cristalina
Pose que atenta à sua alergia

Nem mesmo o cânhamo é tão viciante
Quanto a esplêndida loucura de a servir
Chance de me ver vivendo a experiência extravagante?
A mesma de pensar que tua veia vou haurir

Não vou negar o fato de pensar em negar-te
E nem nego o "não" que não a disse
E quem não nega as frias mesmices
Cria em tua vida uma urza que brilha mais,em parte

??????

Um texto não é capaz de te falar
De como meu dizer é verdadeiro
Gosto tento de teu cheiro
Enlouqueço por inteiro
Nem sei por onde começar

Confesso que nunca fiz um verso tão sincero
Mas como me esforço para este fazer
Que venha a me conhecer
E mesmo sem querer saber
Por inteiro te querer
TE quero!

Não se faz dessas palavras fardo
E nem delas se faz conto
E em um mesmo ponto
Posso ser o "tonto"
Ou mesmo o esforçado

Carinhosamente te digo
Deixa disso e vem passear
Quero te escutar
Preciso ouvir o que tens para falar
Mesmo sem me amar
Morena,casa comigo?

Sempre admirei meninas inteligentes,românticas e amorosas

Queria te dizer tudo que sinto
Por você eu me alegrava
E somava tudo isso a você

Para você eu jamais minto
E contigo eu sonhava
Mesmo sem deixar-te perceber


Mas a saudade chora
Sempre a desejo
Bem perto de meu coração

O meu silêncio a ti implora
E lembro do seu beijo
Sussurrando em minha orelha o canto da canção


Mesmo que não mais a veja
E sua face eu veja
Nem sua boca pequena

Mas não pegarei tristeza
Gosto de cereja
Em sua pele morena

Sem amor meu ilegal respeito amou

Menina de doce olhar
Cativante fala
Um tom de veneno a lhe tornear
Um corpo moreno,sentado à sala

Não se entrega e não se integra
É alheia aos demais
Menina,você me intriga
De pele morena ao choque de paz

E o teu jeito meigo
E os teus afagos
O meu olhar leigo
Te encontra em lagos

Só tu me fascinas
E pede um abraço
Mesmo mulher és menina
De rosa e de laço

Sem título(por enquanto)

Nossas ondas giram ao redor da radondilha
Nossas pedras quebram o muro de nossas desinênincias
A besta atira ao covil da incompetência
E a ciência é a comida da matilha

Nossos passos passam passeando pelo mar
E de ganância pura reza o meu e o teu
Nossas veias bombeiam partículas de ar
Nossa ave perde-se no breu

Pano e rosa se entrelaçam
E o pano a sufoca,com seu fino tecido
Nossas cartas e e-mails se abraçam
Nossa pele,entretanto,bela e suave havia sido

Possivelmente nunca ouviu falar de mim
Nunca ouviu quaisquer informção
Mesmo sem olhar estamos ligados pelo mesmo "sim"
E nossas almas regem um só coração

A boa bibliografia

Vou criar um esquema de meu nome
E colocá-lo em um mural para ser visto
As pessoas falavam que o meu nome
Significa algo superior a Cristo

Não consigo lembra minha antiga pessoa
Nem negar meus versos como fiz anteriormente
Prefiro soar como uma alegre pessoa
E suar como um lago em uma enchente

Se me perguntarem de onde vim
Direi que não sei exatamente
Da cidade me lembro e não do capim
Sou amigo do amor e seu parente

Mas não só a isso se resume minha história
Quando nasci foi um sorriso em minha casa
Foi uma chegada notável e notória
Ver um canto debaixo de sua asa

Aos quatro veio o primeiro golpe do tempo
Foi uma viagem sombria e ardida
Dde sua face e seu olhar eu não me lembro
Foi-se embora a mulher da minha vida

Mas quis o destino assim
Que história acaba depressa?
Sempre deram-me água,carinho e jardim
Não me esqueço,eu mereço,não interessa

Quatro anos passaram-se desde os quatro
E de tanto alvejar o tecido do medo
Fui para cas dos quatro quartos
Fui-me embora escondendo um segredo

E de tanto viver em pé todo o dia
Fui matricular-me na "escolinha" do bairro
Banho quente e de noite,água fria
Água,aqui,só em filtro de barro

Se for falar de toda minha caminhada
Não caberá em míseras folhas de papel
Hora alegre,hora desalmada
Depois no lápis,antes no pincel

E a história não termina por aqui
Pois o tempo parou
Já não temos caminhos para sair
Só me resta sorrir de tudo que passou

O culto

Um corpo está estendido em cima da pia
E um homem ameaça olhar,com calmo olha de pena
O corpo,em parte,faz parte de tal rebeldia
Envolvida por doce ternura de Helena

Junto,o pastor,estufa seu peito para dizer
Que,mesmo vivo e cheio de graça,abria-se o leque da morte
Em que abanou-se o jagunço ao alvorecer
E em carne e espírito,foi invadido por um corte

A moeda,de prata,ficou vermelha
E se fez verdade a profecia,o culto
Não salvaria,nem sequer uma ovelha
Da mãe de terra não se rouba um vulto

E de nada valeu o seu projeto
O seu corpo,apodrecia entre as árvores
O pastor já não mais o fizera certo
Em meio a milhares de hectares

Eu já não penso em seguir a seita
Eu já rasguei aquele velho encarte
E,procurando,a minha mente aceita
Esse tipo de seita,que imita a arte

sábado, 13 de junho de 2009

Deyse

Face ao destino que me é imposto
E também ao imposto que me é cobrado
Ando sonhando às vezes acordado
Ando acordado e às vezes bem exposto

E teus cabelos brilham em brilhantes
E teu olhar para mim é um desafio
Em tua face,minha graça crio
Em teu sorriso vejo meu semblante

Minhas garras já não ferem
Mas sou ferido por meu próprio ego
Menina te quero,não nego
Mas só enxergo o que os meus olhos vêem

Tirana a tirania que me isso me fez
Que me tirou as trevas do pensamento
E viver sem ti é escarmento
Vivo ao vento,esperando a minha vez

quinta-feira, 28 de maio de 2009

???????

A partir de hoje a dor se transformou
Em um castelo,em um jardim
Oh estrela de brincos brilhantes
Oh estrela de olhar cintilante


Em verdade,teu nome eu grito
E em meus sonhos eu vejo-a por inteiro
Em sonho ruim,em seu olhar belo
Em seus lábios,como um caramelo


Teu sorriso preenche minha cabeça
E sua ausência parece um castigo
Mas se lea chega,o mundo inteiro canta
E minha saliva desce em sua garganta


E o seu cheiro invade minhas narinas
Que outrora tapadas,se abrem para o amor
E vendo tua pele banhada pelo rio
O meu suor lhe provoca arrepio


Ela é doce como o mel
Ela é azeda como o limão
Ela é lenta como o passar de uma hora
Daria tudo para tê-la agora

sábado, 16 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A.G.E.E

Salve as árvores e os animais
Cante as músicas e leia jornais
De antemão te aviso irmão
Deixe as flores,o pássaro,a nação


Repeito grita à paz
E os bons não dormem mais
Preocupados com o mal
Caudsado pelo aquecimento global


E juntando as peças do mundo
Salvaremos o rio profundo
A natureza agradece o tributo
E retribui com o caule e o fruto


Respeito grita à paz
E os bons não dormem mais
O surfista,amedrontado,não surfa
Preocupado com o aumento do efeito estufa

Branca de neve

Perante os montes juro que faço
Sem preocupar-me com as lhamas
Seja de pé,seja sentado
Perante os montes por cima da lama


Sentindo frio
Fala breve
Em cima de um rio
Espreitando a neve


Macia e branca
Linda e branda
Que desce com o vento
Que com o gelo anda


E cresce na mata
E morre no mar
Voa pelos pinheiros
Cai sobre os coqueiros
[em forma de água...]

Nós

Um dia qualquer nós podemos perder nossas idéias
Escolher uma história e folhear algum jornal
Perder a ciência e morar no Nepal
Matar nossos desejos e trançar algumas epopéias


Poderíamos ter sido mais amantes
Ter vivido nossa vida como vive um diamante
E inteiro o crânio gira através de minhas córneas
Eu fico só olhando o que perdemos,causa da discórdia

Poderíamos construir uma prole
Mas perdi meu emprego como bebia do suco um gole
E perdido fiquei
Apesar de um dia lembrar que te amarei


Como o tempo passa e as crianças crescem
As flores que murcharam,novamente florescem
E a falta que sentia de ti sumiu
Estou com uma nova vida e ela a falta supriu


Hoje tu chegastes com uma "conversa esperta"
Face ao destino está sua face perversa
Mas não curas,jamais,minha dor
A vida em preto e branco agora ganhou cor

Coisa do povo

Eles criaram as fendas
Profetizaram o destino da carne
E não desistiram de conquistar o mundo
Até mesmo com as catástrofes dramatizadas


E não querem dinheiro
Querem o poder em suas cabeças
Mesmo que custem alguns milhões de cabeças
Mesmo que custem alguns milhões de famílias


Que não conheçam as armas,mas conheceram
De tão bem escondidas,ao povo foram reveladas
Que não conheçam aos semelhantes
Que não se defendam de seus próprios atos


Pobres!
Estão amarrados uns aos outros,quer queira,quer não
Estão prontos para matar uns aos outros
Mesmo que para matar,precisem roubar


Esses não são gente
Não merecem pisar o mesmo chão que os honestos
Pois,mesmo que ainda humilde sejam
Não levam embora a alegria do mundo

Deborah

Conheci-a no colegial e logo apaixonei-me
Não me lembro de seus olhos conhecendo os meus
Somente lembro de sua boca e seus lábios tateando minha bochecha
E jamais esquecerei de suas ruivas madeixas


Quantas vezes a acompanhei em sua caminhada para casa
E suas palavras a me escalpelar
Palavras outrora doces como uvas
Palavra outrora complicada como curvas


E o seu espelho a mim foi entregue
E minha coroa brilhou em sua cabeça
Jamais deixarei que de mim se esqueça
Mesmo que conheça a alegria,Alegre.


Não quero perde-la
Até sinto saudades,as horas passam devagar
Te espero
Deborah...

Soldados ao mar

Os soldados estão ao mar!
Todos eles estão a gritar!
Só três sabem nadar
E não há botes para a plebe


Morreram sem ninguém comer a sêmea
E a sereia,não viram cantar
E antes que o siroco ganhasse a imensidão azul
Afundaram seus corpos no mar


Tamanha foi a dor da família ao receber a notícia
A neurastenia e outras chagas tomaram parte da famílias
Muitos enlouqueceram
Já outros receberam o vincendo referente às vítimas


Mas qual será o maior tributo?
A vida ou o valor pago por ela?
São os descendentes de Judas, os governantes
Que vendeu Jesus por alguns dotes

Selvagem

Perdoe a acrimônia
Ela não possui instrução
Como sabes,ninguém controla o favônio,mesmo que fraco
Já causou-me,incontáveis vezes,insônia


Que aceites ou não aceites,sua mão será só tua
Mesmo que venha a te esgadanhar
Não tenhas medo de sua rebeldia
Pois sabes tu onde ela se situa


Tenho quase que certeza
Que em teu cruzador irá velejar
Com seu sorriso imarcescível
Em sua boca,à te fitar


Ela é loura
Nunca escutou a nênia
Está livre da saburrae não possui doenças
Nunca quis o sacerdócio,apesar de amar o sacerdote

História de um herói

A história começa quando o fato acaba
Determina o seu local e o seu fim
O sarcófago já não abre
Sua chave não habita mais a taba


E a sabre que se encontra encantada
Nunca fora,em outra vida,usada
Em batalhas profanas ou cristãs
De cristal são feitos os elmos e as maças


Onde voavam os "shurikens" e as adagas
Daqueles ninja que brigavam com os Deuses
Dqueles magos que enfeitiçavam centauros
E a magia que fluía várias vezes


Deste meio destaca-se um herói
O seu nome de batismo ninguém sabe
Em sua cidade o chama de Messias
Que treina luta,há várias noites,há vários dias


E sai Messias a desbravar
Sua experiência é quase nula
Vai-se embora montado em uma mula
E sua espada,à cintura,a lhe guardar


Eis que surge,da floresta,vários ninjas
E sua espada percebe a hora de lutar
Seu sangue é dado,aos Deuses,na disputa
E é jogado,o seu corpo aos bichos,após a luta

Amor II

Que será que estou sentindo?
Será amor?
Pois meu coração ao ver-te dispara
E,quando estás longe,sinto eu uma dor


Será saudade?
Acho que estou com saudades
Mas se moras do outro lado do quarteirão
Será que tão longe viajou meu coração?


Eu sinto alegria e sinto tristeza
Como pode ter um humano dois sentimentos ao mesmo tempo?
Não sei.Acho que é porque não se pode sentir um
E simplesmente jogar o outro ao vento


Amo você!
Custe o que custar eu te amo
Até mesmo que chores e mesmo que rias
Sempre vou amar-te para o resto de meus dias

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O covarde

Como se um enfermo adentrasse o veículo
E todos o censsurassem pelo ato de coragem
Sentou-se ao meu lado,como um selvagem
Não me dirigiu sequer uma palavra


Que covardia minha retirada
Ele olhou-me e matou-me com seu olhar flamejante
Pois o pior enfermo é o abstinente de humildade
E o pior covarde é o que disfarça sua fuga


E o veículo continua lotado
E o enfermo continua sentado
E ao seu lado,o banco vazio é seu único amigo
Apenas vejo uma lágrima que cai com a vergonha


Que covardia!
Sou o pior covarde que existe
Não voltei a olhar para trás
Com medo

A caixa de pinho

Faz frio aqui,faz frio,e é tão escuro também
As portas são de pinho e as alças de ipê
Mas nem tudo é de madeira
Está tão escuro que não vejo um palmo além de minha sabedoria


E de tão escuro prega o silêncio
E de tão fria prega o espiritismo
Estou preso em uma caixa gigante
Sobe efeito de um frio nada relaxante


É contínuo meu sofrimento dentro desta caixa
Caixa quadrada e ao mesmo tempo redonda
Caixa de pinho,caixa demoníaca,caixa conífera
Tanto que lembra-me uma caixa formada por caixas


Mas o que faço par fugir desta caixa?
Sem minha sabedoria não sou nada
Agora lembro-me como fugir
Apenas acendendo o isqueiro no bolso de minha bermuda

A caixa de pinho

O navio

Ei,meiga,não posso te acompanhar
Apenas ao navio posso caminhar
Esqueci minha pasta em cima de minha mesa
Esqueci teu nome,não me lembro onde


Tenho de ir buscar
Não posso relaxar
Se não levar a pasta vou ficar sem seu amor
Não consigo imaginar minha vida sem te ver passar


Anda carro!
Assim a minha casa fica mais longe
Ela não pode mais a pasta esperar
E a culpa é do carro que minha casa não soube encontrar


Desisto!
Vai-te embora e "desaparece" com este navio
Este navio que só me atrasa
Que ludibriou meu carro e escondeu minha casa

Ela

Eu recebi as cartas que mandou-me an passado
Aliás,em uma de minhas crises,rasguei-as
Queria mesmo largar minha esposa e ficar ao teu lado
Mas,como tu sabes,ela é muito ciumenta


Não tenho motivos para viver e nem para morrer
Quero ficar quieto e esperar-te aqui em casa
Memso que venha meu casamento a custar
Me firmo em pé,juro que não vou me encostar


Lembro-me da comida que você fazia
E minha mulher reclama até hoje
Volta para casa,te imploro
E se não voltar,eu choro


Mas,uns três anos passaram-se,e você não voltou
Minha vida é monótona e marcado estou
De noite ouço o latido dos cães´
Por onde será que você anda,mamãe?

As bolsas

Está esquecida a bolsa cor de prata
Esquecida e imóvel em cima da cadeira
Mas a dona a tomou e foi-se embora
Embora se trate de uma bolsa caseira


Não será ela que vi no aeroporto?
Não,a que vi era vermelha e não era esquecida
Estava em cima de um banco torto
Pertencia a uma senhora e estava enriquecida
[de dólares...]


Raciocine,filho,raciocine
Se as bolsas são de mesma marca
Se o modelo de ambas é igual
Será que as duas aguentam a mesma carga?


São de mesmo couro
Uma é vermelha e bonita
A outra é prata e esquecida
Será que a prata brilha menos que o ouro?

O Escravo

Deixa-me tocar minha viola pelo resto da noite
A solidão não me interessa,por favor não impeça,a força do açoite
O meu legado é ser paciente e obedecer o meu senhor
Mesmo que me custe a mente e não contemple o esplendor


Não adianta rezar,se nada a Deus posso pedir
Me falta paz e a cada dia acababa a esperança
De um verso a outro,aprendo a seguir
A minha regra,longe de suas tranças


Peço ao menos que me alforrie
E me tire deste hospício para animais
Só não me entregue e olhe para trás
Veja minha vida e a vivencie


Longe,na plantação,vejo meu senhor fumar
Pobre velho!Não irá muito durar
Ele olha para mim e vejo sua expressão de nojo
E continuo a cortar capim,com minhas mãos sujas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009


"Visitem também o blog:dominiodoscontos.blogspot.com e desfrutem dos mais variados contos e outras intrigas!"

Estrofes de repente

Se a poesia não fosse tocante
Se aquela rosa não fosse vermelha
Se uma estrofe não fosse tocante
Se um diamante não fosse brilhante
Seria você tão amorosa e amante?


Não sei se seria
Só que a criação que almeja beijar-te
Jaz em uma terra de sufoco e tontura
E tal formosura que ela encontra em teu corpo
Curvas de laços e tanta doçura


Estrofes de repente
São apenas estrofes que se tem na hora em mente
Não são colocadas de forma descrente
Descrevem o poder do amor inconsequente
Estrofes são rochas de gelo em água fervente

Você que de saia me traz alegria
E minha agonia é viver sem te tocar
E todos os dias,em minha direção caminha
Ó bela rainha,nunca vi passar
Que coisa mais bela que vejo a beira mar!

sábado, 2 de maio de 2009

A lâmpada

São sete lâmpadas
Uma não está acesa
Por que será?
Não sei ao certo


Diz-me o menino que é porque queimou
Queimou mesmo
Agora pude reparar
Que o menino também está a olhar


E com tal atenção que não deve ao seu pai
Não sei se ele olha do mesmo jeito que eu
Afinal,não temos o mesmo gosto
O menino agora olha,para o lado oposto
Não gosto do gosto da maçã
Não prego essa idéia de coisas saudáveis
Prefiro o calor de uma manhã
Não prego essa idéia de coisas laváveis


Prefiro esquiar no Saara
E olhar para o sol,sem proteção aos olhos
Não gosto que me chamem pelo nome
Prefiro ser chamado de "Apenas mais um homem"


Não gosto de assistir novelas
Prefiro assistir aos príncipes e cinderelas
E não gosto de comer comida
Prefiro a experiência que é consequência da vida


Eu gosto de andar pela cidade
Observando as pessoas e cantando essas canções
Não gosto de intrigas severas
Prefiro as palavras,as bonitas e as sinceras

Sempre foi

Penso em você quase todas as tardes
E gosto de pensar que penso em pensar todos os dias
Os dias que me foram dados pelas mão dos batimentos
Os dias que me fazem andar e pensar em pensamentos


Você que sempre foi a minha inspiração para tudo
E me inspirou a inspirar a inspiração para viver
Cresci pensando em pensar em um pensamento teu
Mas teu conhecimento me inspirou,por um momento,a te querer


Não sei o que puseste em minha vida pobre e infeliz
Pois minha tristeza transformou-se em beleza
Em beleza,apagda e acesa,dura como a dureza
Fui feliz!


Ligo para você e nem me liga
Não liga e nem ligou,jamais me fez uma ligação
Sequer uma ligação
Sequer uma...

Negócios

Enquanto os carros correm
E os edifícios acordam
Meu paletó chama por mim
Em minha gravata há marcas de trem


Confesso que o relógio já passa das seis
Em minha cama,rezam os lençóis
Os travesseiros me contam segredos
E cantam as redes estendidas e à sós


Preciso banhar-me
Já estou atrasado
Já preparei a ceia
Está ao meu lado


E saio de casa ou de um quarto de hotel
Não sei
Não me lembro
De ontem à noite


Estou cansado
Eu vou voltar para a casa
Não sei se sou vítima,não sei se sou réu
Não se volto para casa ou se durmo em um hotel

Gritos do infante

Nasci rodeado de pessoas tão externas
Olhavam o meu corpo,a minha carne,as minhas pernas
E que privacidade achara eu naquele canto?
E nu,estava mórbido,coberto por um manto


No meu primeiro dia ,em minha casa houve festa
Cobriram-me de panos dos meus pés até a testa
Não pude reclamar pois minha voz era intocada
Até em minha mão puseram uma pulseira marcada


É triste ser um recém nascido
Não tenho direitos,cumpro ordens,obedeço aos crescidos
"Sorria!sorria!",ordenam a todo instante
Se sorrio eles riem,se choro eles cantam


Já estou farto!
Não aguento realizar os desejos da nobreza
Será que ningué percebe minha dor?
Será que meu cansaçoé mais uma tristeza?

sábado, 21 de março de 2009

Linda

A luz que teu canto ofuscou
Brota de tua linda face
E agora,acabei por me entregar
E escutar o que tens a falar

Se tua voz minha cabeça invadiu
É porque não tenho mais cura
E teus lábios mudaram de cor
Por ti tenho amor

És linda
Me aguarda no salão
Nesta terça-feira irei ao teu encontro
E não direi uma palavra, a não ser "olá!"


Entende?
Adorei desde que sonhei
Se é mentira ou verdade não sei
Só enxerguei o que meus olhos quiseram mostrar
E, contigo, eu pus-me a sonhar

terça-feira, 17 de março de 2009

Rayssa

Seus olhos refletem a cor da natureza
De verde e branco a vida os nomeou
Deixa-me ver o centro de tua beleza
E essa alegria,que acaba com a tristeza

Os teus cabelos de sedosos cachos castanhos
E o teu toque de suaves mãos macias
A tua pele e o teu encanto me atraem
Tua face de prata não me sai da cabeça

Menina,que jeito de princesa
Que alegria em tua face
Que outrora estivera magra
Mas agora está como o sol

A arma

Possuo uma arma contra o amor
Fi-la com muito esforço
A arma é feita de puro ouro
Não causa mal nenhum,nenhuma dor

A arma que vos digo é a alegria
Que quebra a monotonia
Que arrasta um sorriso de teus lábios
E arde como paixão nas pessoas sinceras

A alegria,caro amigo,é a arma mais poderosa
É a arma que une nações
É o sorriso na boca de uma criança
É o jeito,o modo,a fé e a esperança

Mas infelizmente não funciona
Um defeito apresentou em sua fabricação
Esta arma não atinge o amor
Que está protegido pelas paredes do coração

Briggida

Ah,se eu tivesse amado
Talvez não estivesse aqui sofrendo
Com o meu coração perturbado
Com meus olhos tristes morrendo

Ouço a voz da consciencia
Será mesmo que ouço?
Acho que ainda não sou capaz de ver
O que há dentro de meu ser

Ah,se soubesses a minha amargura por dentro
Não dentro de meu corpo,não em meu organismo
Minha agonia agora transforma-se em calma
E a pior dor que em mim dói:é a dor da alma

Já me decidi
Não,não me decidi
Não sei se penso em pensar
Ou se acabo a noite sem sonhar

sábado, 14 de março de 2009

Violetas ou Margaridas

Rosas e mais rosas vejo
Cristais e folhas em tom verde escuro
Que enleio
Que muro


Vejo também em tons amarelos
São violetas ou são margaridas?
Não sei ao certo
Só sei que são minha vida


Moças falam o desnecessário
Até o copo à minha frente grita
Não sei dizer o que há dentro do armário
Se são violetas ou se são margaridas

A vila de pescadores

E caem as lágrimas em meu rosto
O farol,no cais,não brilha como antes
O mar agita as ondas de meu corpo
A lua cobre meus pés vacilantes


Chegada a noite,aparecem os pescadores
Em uma vila de poesia e tenebrosa
Barcos,sem velas,cantam seus louvores
O mar,em tela,pinta uma rosa


Pela manhã tudo desaparece
E novamente os barcos ganham cores
As plantas,vivas,crescem e florescem
Apagam o mar e todos seus horrores


E novamente cai a noite em prantos
Cantos e valsas entoam seus temores
A luz que brilha sobre os quatro cantos
É uma vela que queima ao luar


E novamente saem os barcos
Sem velas e com sua cabine negras
Dde pescadores,predadores,ratos
Voltam com velas,o dia raiou


Me pego pensando:O que houve?
Que podia acontecer à noite?
À madrugada,a névoa fria
À primavera,as rosas e flores

Amor

Só a escuridão encontra-se aqui
E meu vizinho é o banco vazio
Pessoas caminham em direção ao pátio
Sinto fome,sede e frio


Estou doente?
A minha doença é o amor
Que não me ouça o rei Assírio
Que não agarre meus pensamentos


Leia,agora,os versos de um fracasso
Que por idade tem dezessete
Que por nome tem o autor
Desses versos de dor


A terra que me entenda
Que,depois de semeada a semente
Não chora e nem ri
Apenas desabrocha

Nanda

Formou-se um deserto em torno de mim
Alegrando todas as cores e gestos
Encostaste tua sombra em meu corpo
Agora não vejo sons,não escuto imagens

Estás a ganhar importancia em minha vida
A ganhar energia
A perder matéria
O poder de tua alma está em minha artéria

Já posso te sentir
Já posso sentir teu odor
Queimas ódio,queimas dor
E transforma tudo em amor

Originalmente estás inclusa
Em meu peito e em minha mente
Tua presença outrora confusa
E vem de blusa,trazendo um presente

Não me adote para carinho
Não me chame pela maresia
Como conheço a vossa senhoria
Tudo que quero é te ver dia a dia

Sem Título(por enquanto)

Em minha mente surge a decepção
Nunca foste minha,nunca me amou
Como se o destino a censurasse
Trouxe consigo um homem qualquer

Partiste meu coração em duas certezas
A certeza que não mais amarei foi a primeira
A segunda certeza é que não mais a verei
Nem a seus defeitos,nem suas belezas

Cor morena
Nem lembro-me a última vez que te vi
Sonhei contigo,como és pequena
Fisicamente é pequena,pois meu coração é pequeno,se comparado a ti

Estás perdoada!
Mesmo que não tenhas culpa
Pois a pior palavra que existe é "culpa"
Cujo significado é muito complexo

Palavras

O pior silêncio é a morte
Que chega sem ser convidada
Leva os profanos e os pudicos
Os com sorte,os sem sorte

Não,na verdade,o pior silêncio são palavras
Palavras sujas e manjadas
Palavras perdidas,palavras achadas
Amadas,tolas e desacordadas

Claro,existem palavras extraordinárias
E também as que praticamos em nossos dias
Palavras perdidas,palavras achadas
Amadas,tolas e sombrias

Mude o jeito de encontrar palavras
Casse-as com leveza
Não leve em consideração seus braços
Prenda todas elas em laços

Quase uma bibliografia

O que é ciência?
Eu lhe direi o que é
Nasce com a paciência
E morre sem resposta

O que procuro?
Talvez um pouco de solidão
Não sei,seria ridículo de minha parte
Te dizer com exatidão

Embora minhas rimas sejam pobres
E meus versos baratos e repetitivos
Sinto o poder das palavras
Sinto a força dos livros

Não conto os poemas que crio
Não meço as poesias que tenho
Pensando,de olhos abertos,giro
E garanto um belo desenho.

Adeus

Chegou a hora
Tire o meu chapéu da ombreira
Já é noite
Voltarei ao amanhecer

Agora preciso enfrentar a longa caminhada
Deste mundo até a minha casa
Perdoe minha má educação
É de família,você tem razão

E não insista
Deixe-me caminhar
Preciso chegar logo
Antes que meu pai note a minha ida

Todo propósito tem seu caminho
Toda caminhada tem seu valor
Meu propósito é partir agora
Meu caminho é a rota do amor

Adeus,agora voarei ao infinito
Tentarei escrever
E se não for possível,entenda meu lado
Afinal,sempre fui meio esquisito

sexta-feira, 13 de março de 2009

O velho

Eis minhas últimas palavras
Meus últimos conselhos
Que vás ou que fiques
Ao longo do mar

Não olhe minha vida
Não se importe comigo
Escute meu canto
Não julgue o meu grito

Me fale de pássaros
Ao menos me olhe
Escute o meu canto
Não julgue o meu pranto

Sei que não posso ir além de palavras
Sei que à vida,retorna a alma
Escute o olhar e veja minha boca
Sinta o timbre de minhas palavras ocas

Não quero que lembre de mim
Como quem não esquece que respira
Escute o meu canto,não julgue o meu grito
Me enrole em teu manto,digo,me irrito

Na vida em que pedras
São inanimadas
Pedras que outrora sejam(ou foram)
Polidas e lascadas

Não falo de simples pedras
Pensoo em pedras que me atrasem
São pedaços de matéria
Que invadem meu senso

Nanda III

Eu podia esquecer todas as coisas
E lembrar o quanto fomos felizes
Nunca esquecerei você
Nunca...

E podia esquecer o mundo
Este mundo perverso e imundo
Construir outro Universo
Para pôr você no verso

Cantar com a natureza
Sem preocupar-se com a beleza
Mesmo que tardia seja
O olhar fulminante de vossa tristeza

Alegria não me falta
Ao céu lancei uma rosa
Em notas graves construo seu corpo
Em versos longos construo tua alma

E podia velejar pelo Pacífico
Voar com os gansos selvagens da América
Procurar seus dedos em meu rosto
Conhecer o navio de sua mente

Responde ao meu chamado
Vem logo,não demore
Demorei para entender seu jeito
De pecar sem cometer pecado